Na Conferência de Quioto foi definido o conceito de “seqüestro de carbono” com o objetivo de conter e reverter o acúmulo de dióxido de carbono na atmosfera e frear o efeito estufa.
Tem-se o conhecimento que os reservatórios de CO2 na terra e nos oceanos são maiores que o total de CO2 na atmosfera, logo, pequenas mudanças nesses grandes reservatórios podem causar efeitos significativos na concentração atmosférica. Com o processo de fotossíntese, as florestas estocam dois terços do carbono terrestre – aproximadamente um trilhão de toneladas. Portanto, áreas florestais são consideradas poços de carbono (carbon sinks).
Segundo especialistas, no desmatamento das florestas tropicais é emitido cerca de um bilhão de toneladas de carbono ao ano. Se houvesse a cessação desse desmatamento, além de não emitir CO2, haveria benefícios como a preservação da biodiversidade, a proteção de bacias hidrográficas e a conservação dos solos.
No debate sobre o seqüestro de carbono, há um interesse maior voltado às florestas tropicais úmidas (como as existentes no Brasil), pois é sabido que estas são caracterizadas por alta taxa de produtividade primária. É precisamente em sua fase de crescimento que as árvores removem e retêm quantidades significativas de carbono da atmosfera; quando já formadas, sua capacidade de absorção e retenção se reduz a níveis insignificantes.
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